07/01/2025 | Boletim Semanal
por Assessoria de Imprensa
A Fundathos recebe neste início de ano a mostra coletiva Hospitalidade/Museu Aberto, que abre no dia 15 de janeiro, às 18h, na Galeria Trama. Sob a curadoria de Suyan de Mattos, a exposição propõe reflexões sobre hospitalidade e hostilidade, articuladas com experiências vividas na residência artística Volante/MasKarada, realizada no município de Britânia, em Goiás, entre 17 e 28 de setembro de 2023. Os participantes investigaram as nuances entre acolhimento e exclusão, inspirados pelo livro Da hospitalidade: Anne Dufourmantelle convida Jacques Derrida a falar da hospitalidade.
“A residência artística incentivou a aproximação entre artistas e moradores de Britânia, promovendo trocas significativas entre diferentes experiências e realidades”, declara Suyan de Mattos, curadora da mostra, que reúne 9 trabalhos, incluindo gravuras, fotografias, instalação, objetos e pinturas.
Com a participação de 8 artistas de diversas cidades do Brasil, como Goiânia, Alto Paraíso, Pirenópolis, Olhos d’Água, Brasília, Santos e Rio de Janeiro, o projeto deu origem a uma produção que já foi apresentada no Museu de Arte de Britânia (2023) e no Museu das Bandeiras, em Goiás (2024). Agora, na etapa final do ciclo, a exposição chega a Brasília, promovendo um diálogo entre os artistas e a cidade.
Os artistas participantes são: Arthur Scovino, Biophillick, Cintia Falkenbach, Eduardo Mariz, Gisel Carriconde Azevedo, Isabela Couto, Laura Dorneles do Amaral e Suyan de Mattos.
Na abertura, os visitantes serão presenteados com o catálogo da 4a edição da residência artística Volante/MasKarada – Hospitalidade/Museu Aberto.
Serviço
Exposição: “Hospitalidade/Museu Aberto”
Curadoria: Suyan de Mattos
Abertura: 15 de janeiro de 2025 (quarta-feira), às 18h
Local: Fundação Athos Bulcão (CRS 510 Bloco B Loja 51, Brasília/DF)
O food truck Burguer estará na entrada da W2 Sul com boa comida e cerveja gelada.
Visitação gratuita: Segunda a sexta, das 9h às 18h | Sábado, das 9h às 14h
Para mais informações:
Fundação Athos Bulcão
Telefone: (61) 3322-7801 e/ou 99530-8031 (whatsapp)
Currículos
Arthur Scovino
1980, São Gonçalo/RJ. Reside e trabalha em Santos/SP
Artista de múltiplas linguagens, desenvolve sua pesquisa em torno da cultura e das relações afetivas e sociais a partir das cidades onde instala ateliê e residência. Suas instalações com vídeos, fotografias, pinturas e performances, investigam símbolos do imaginário místico, político e histórico brasileiro. Nascido na região metropolitana do Rio de Janeiro, mudou-se para Salvador em 2008 onde se formou pela Escola de Belas Artes da UFBA e coordenou por 3 anos o Festival de Performance da Galeria Cañizares. Em 2014 participou da 3a Bienal da Bahia e da 31a Bienal de São Paulo. Foi indicado três vezes ao Prêmio PIPA e tem participado de exposições coletivas nacionais e internacionais como “softpower – Arte Brasil” Kunsthal KAdE Holanda, 2016 e “À Nordeste” sesc 24 de maio SP, 2019; e mostras individuais como “Caboclo dos Aflitos” Solyanka Gallery Moscou, 2016 e “Lágrimas de Nossa Senhora” Paço Imperial RJ, 2021. Foi diretor artístico em residência na Casa da Luz, SP em 2018 realizando exposições como artista, produtor e curador independente. Atualmente reside em Santos onde namora uma escavadeira na praia, integra o coletivo ACOCORÉ e Maskarada, é coordenador e mentor no International Lab for Art Practices (ILAP) na Uncool Artist, NY.
Biophillick
1988, Cidade do México/MX. Reside e trabalha em Alto Paraíso/GO.
Arquiteto pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) em 2012, com a primeira tese virtual “A Cidade do Futuro no Cinema”, propostas conceituais urbano arquitetônicas bio-digitais, apresentada no laboratório IXTLI, uma sala de realidade virtual com projeções 3D. O artista, criador dos conceitos BIO-FUTURO e LEKTRO XAMANISMO, pesquisa sobre ancestralidade e suas conexões com os campos da espiritualidade, a tecnologia, a natureza e o futuro. Desenvolve criações híbridas entre o analógico-natural e o tecnológico-digital, atravessando as artes audiovisuais, a moda, a arquitetura digital, as performances ritualísticas, os concertos imersivos e as exposições multimídia. Entre as atividades realizadas estão: “Concerto Diversidade Sexual” no Museu del Chopo (México 2017), exposição “BIOS” na galeria A Pilastra (Guará 2017), concerto “BIO-BORGS Brasília Mapping Festival” no Museu Nacional da República (Brasília 2019), exposição multimídia “NAHUALES E ENCANTADOS” na Casa de Cultura Oca Brasil (Alto Paraíso 2022) e no Memorial dos Povos Indígenas (Brasília 2023). Indicação ao Prêmio PIPA 2023. Seleccionado pelo III Salão Mestre de Armas (Planaltina 2023).
Cintia Falkenbach
1959, Alegrete/RS. Reside e trabalha em Pirenópolis e Caxambu/GO.
Artista visual. Graduação em Educação Artística, Licenciatura em Artes Plásticas (1982). Mestre em Artes Visuais (2004) e Doutora em Teoria e História da Arte pela Universidade de Brasilia( 2014). Atualmente reside dentro do ateliê e dedica-se exclusivamente a Curadorias, a participação em projetos coletivos e a construção de sua obra nas diversas linguagens das Artes Visuais. Expõe desde 1980 em coletivas e individuais. Dois prêmios em Coletiva Nacional, Salão Anapolino de Artes (1991,1992), menção honrosa no Salão Nacional de Aracaju (1992), participou do 1o Salão de Arte sobre papel da Canson, MAC USP, Ibirapuera, 1990, Salão de Gravura do Paraná. 1990. Individual: Confissões do cobre, 2018, Galeria Matéria Plástica, Brasilia. Para onde foi a Expessura da Carne, 2022, Museu da República, Brasília. Infografia e texto: Quando não mais existir quero ser uma Abayomi, 2022, Museu das Bandeiras, Cidade de Goiás. Atualmente participa do Coletivo Lote 1. Curadoria no projeto Hospitalidade na 1a Edição, das exposições de Leci Augusto e Igu Kriguer no Núcleo de Arte do Centro-oeste. Curadoria do projeto Hospitalidade 2a Edição, das exposições de Cleber Cardoso Xavier e Raissa Studart no Museu da República (2021). Desde a década de 1980, trabalha nas técnicas tradicionais da aquarela, do desenho a nanquim e lápis de cor. Especialista na Gravura em Metal. Prática na Xilogravura a fio. Sua pesquisa centra-se nos estudos dos conceitos de Memória e História, levando-se em consideração a passagem do tempo e suas marcas no indivíduo, na paisagem e na sociedade. Além das técnicas tradicionais trabalha nos conceitos ligados a Arte contemporânea na busca de materiais inovadores que motivam uma pesquisa para novas formas e soluções sobre técnicas tradicionais.
Eduardo Mariz
1963, Rio de Janeiro. Reside e trabalha no Rio de Janeiro.
Artista, doutor e mestre em artes pela UERJ e pós-graduado em fotografia pela UCAM RJ. Desenvolve pesquisa na qual através de meios vivenciais procura evidenciar poeticamente arquétipos deflagradores dos modos velados pela duração cotidiana, exaltando as ergonomias ocultas. Dentre outros, conclama os conceitos de além do retângulo, o da foto-assemblage e o de acumulonimbus como metodologias de suas práticas, onde sugere a leitura de imagens como ações performáticas. Trabalha com fotografia, escultura, vídeo e performance.
Gisel Carriconde Azevedo
1960, Tapes/RS. Reside e trabalha em Brasília/DF.
Artista visual com uma produção voltada para instalação, expografia, e curadoria. É graduada em artes pela Universidade de Brasília (1992), com mestrado na Universidade de Brighton (1997), e doutorado na Universidade do Leste de Londres (2012). Trabalhou como designer de exposição em museus onde despertou sua atenção para as relações entre objeto, espaço e público; desde então, passou a incorporar uma série de práticas e conceitos da museologia às suas instalações. Em 2014, abriu deCurators, um espaço de arte voltado para o exercício de pensar a expografia como poética. Além de exposições, individuais e coletivas, tem realizado residências artísticas e intervenções em museus e coleções (Museu Murilo La Greca, Museu Nacional de Brasília, Hastings Museum, Museu do Traje de Viana do Castelo, Reserva Serra Bonita e Museu de Arte de Brasília), participado como curadora e júri de salões locais de arte contemporânea (Salão Mestre d’Armas Planaltina e Projeto Hospitalidade Olhos d’Água) e estado a frente de projetos de gestão cultural, como o Eixo do Fora e o Projeto Obra-Arquivo MAB.
Isabela Couto
1985, Brasília. Reside e trabalha em Brasília/DF.
A artista faz parte da atual busca por modos de existência que atravessam as barreiras impostas pela segregação entre cultura e natureza. deste modo, a paisagem da qual a artista tem experimentado nos trabalhos artísticos é aquela que resulta do envolvimento entre seres, fenômenos e coisas. E a água atua como o principal elemento que liga todos estes agentes. Isabela possui obra na coleção do Museu Nacional da República de Brasília e em coleções particulares. É membro civil do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do DF (Condepac-DF) para atuar na área de arte e cultura inclusiva. Em 2023 realizou a intervenção artística “Aguapé” na Praça do Conjunto Cultural da República de Brasília e foi selecionada para o III Salão Mestre d’Armas. Em 2022 realizou a individual “Guardadora de água” no Museu Nacional da República de Brasília, foi selecionada para a mostra internacional e Virtual “Declare/Decay” do coletivo Xor space e participou da residência Rio São Miguel, na Chapada dos Veadeiros-GO. Em 2021 foi selecionada para o VII Festival Internacional de Cinema Experimental Dobra. Em 2019 foi indicada ao Prêmio Pipa, selecionada para o II Salão Mestre d’Armas e para a VI edição da Residência Epecuen, Argentina. Em 2018 foi convidada para a mostra “Brasília Extemporânea”, na Casa Niemeyer. Em 2017 ganhou a bolsa Conexões Cultura DF e foi selecionada para o III Ciclo de Exposições da CAL. Desde 2019 até os dias atuais presta serviços para o Programa de Conservação de Bens Culturais da Apae-DF nas unidades da Biblioteca da Universidade de Brasília (BCE), do Palácio da Justiça, do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Laura Dorneles do Amaral
1999, Brasília/DF. Reside e trabalha em Brasília/DF.
Nasceu em Brasília, com torrão natal mineiro. Graduanda em Artes Visuais (licenciatura) pela Universidade de Brasília. Tece nas áreas das Artes Plásticas, Música, Teatro, Dança, Educação e suas tranças. Suas obras se relacionam sempre com memórias e simbologias. Participa de coletivos e exposições desde 2018. Expôs e foi premiada em 2021 com e pelo projeto Baleia - DF. Na música, atua como zabumbeira da banda Forró Suçuarana desde 2016, premiados pelo FINCA em 2017. Apresentou-se com Cabocla Amaralina em 2019 no Espaço Cultural Renato Russo. Toca e canta no espetáculo Ave Kali desde 2018, que em 2019 foi contemplado pelo FAC Conexão Cultura, possibilitando apresentações em três cidades argentinas. Participa de bandas com Zé do Pífe desde 2015 entre outros artistas e eventos da cidade. Criou a dupla Imburana de Cheiro em 2018. Em 2020 lança EP como zabumbeira do Forró Suçuarana. Participa de exposições e performances com os coletivos 40Antenas, Carta/Borda, Caderno Obra, Carimbo Arte, Quando Não Mais Existir Quero Ser Uma Abayomi e Maskarada. Atua como professora de percussão desde 2019 e de cerâmica desde 2021.
Suyan de Mattos
1962, Rio de Janeiro/RJ. Reside e trabalha em Brasília/DF.
Pós-doutora em Artes, UBA/Argentina e Doutorado em História da Arte, UNAM/México. Curadoria das exposições 40 Antenas e Algumas Parabólicas, Galeria Rubem Valentim, Espaço Cultural Renato Russo, Brasília/DF, Quando não mais existir, quero ser uma Abayomi, Museu da Bandeira, Cidade de Goiás/GO; Para onde foi a Espessura da Carne?, Museu Nacional da República, Brasília/DF; CaderoObra, Galeria OLugar, Rio de Janeiro/RJ; As Caixas, Museu Vivo da Memória Candanga, Brasília/DF; Carta/Obra, deCurators Galeria, Brasília/DF e Centro Cultural Brasil México, Cidade do México. Exposições individuais no Museu Nacional da República de Brasília, Museu de Arte de Goiânia, Museu de Arte de Blumenau, Galeria da FAV/UFG, Galeria da CAL/UnB, Projetos Atos Visuais e Prima Obra da FUNARTE/Brasília. Exposições coletivas, nacional e internacionalmente, entre elas XII International Biennial of Textile Miniatures, Galerija Arka, Vilnius, Lituânia, Manual de Observação, Galeria Referências, MUDA, com o Coletivo F.A.D.A., CAL/UnB, Curanderias e Ebulições, exposição virtual, Coletivo F.A.D.A., III Semana do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da URCA (Universidade Regional do Cariri), Sobre Pães Pequenos: Notas sobre o Isolamento/M’ART, OndeAndaOnda I, II, III e Não Matarás, Museu Nacional de Brasília/Brasil, a IX Bienal Nacional de Santos de Artes Visuais, III Salão Nacional de Artes de Goiás, quinto lugar e menção honrosa no III Salão de Artes Plásticas de Brasília, menção honrosa no II Salão de Artes Plásticas de Brasília, II Bienal Nacional de Pintura Pascual, Museo Carrillo Gil, CDMX/México; II Bienal Nacional de Dibujo y Pintura Orozco, Gualajara/México. Participou de residências artísticas na Espanha, Chile, Portugal e no Brasil, pela BabBienal, Búzios/RJ, Obra Arquivo MAB, Brasília/DF, Ocupação Cemitério do Peixe: magia e morte nas artes visuais, Diamantina/MG. Coordenadora e curadora da residência artística Hospitalidade e Volante. Coordenadora dos coletivos MasKarada e Usina de Inventos. Autora do livro A Nave 508: Espaço dos Insistencialistas. No desenvolvimento do seu trabalho utiliza-se de múltiplas
linguagens na composição de narrativas, pautadas, principalmente, pela ótica do mundo sexual e sensual feminino/feminista, cujas evidências são coletadas em memórias vividas diariamente como mulher cis nos tempos atuais.